Não acomodar com o que incomoda.

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Mini-Documentário Expositivo – Tatuagem

Finalmente, nosso primeiro documentário de audiovisual =)

Não muito bom, mas a intenção é o mais importante. Desconsiderem minha narração.

Too Sexy?

A cada dia mais me convenço mais de que nasci na época errada.

Quando me deparei com Juliana Salimeni, mais conhecida como Juju panicat do programa Pânico na Tv, no topo da lista das personalidades mais sexys de 2010 feita pela Revista Vip, não pude evitar em pensar “Como é que isso aconteceu?”

Juliana Salimeni, Panicat

 

Não que lhe falte beleza, mas eu, talvez com um ponto de vista legitimamente feminino, acho que a sensualidade vai além de músculos e de longos cabelos loiros. Acho que a sensualidade é um conjunto de fatores, que na minha opinião são: Conteúdo (o que pode ser associado com inteligência, nada mais atraente do que alguém que tem algo a dizer), Charme (Caras e bocas, pequenos gestos sutis que todas as mulheres sabem fazer) e finalmente, Naturalidade, a sensualidade é algo que vem naturalmente, nunca é algo forçado, e se é, não é legítimo.

Sinto falta da doçura e da feminilidade genuína perdida no tempo, a “evolução da sociedade”  e até mesmo os ideias feministas que mudaram o papel da figura feminina ao longo dos anos, que por um lado, nos dá mais liberdade para seguir nossos instintos, sermos mais independentes, também parece que banalizou a questão da sexualidade.

O que em décadas anteriores espantava, pescoços desnudos, olhares provocantes, foram substituídos por seios descobertos. Falta o mistério,tudo está ali, exposto…

Audrey Hepburn

Brigitte Bardot

A diferença entre as imagens dessas divas do cinema antigo e de Juju, já deixam explicito que muita coisa mudou.

Não quero ser moralista nem nada, só acho que talvez toda essa “sociedade liberal” em que vivemos, tenha os valores um pouco distorcidos. Falta todo o descobrimento, a real conquista do parceiro, o comprometimento.. enfim, várias questões que não discutirei aqui, agora haha

Um olhar sobre São Paulo

Trabalho fotográfico com o intuito de revelar as diferenças da cidade, vistas por suas janelas:

 

Sobre o Primeiro Beijo – Resenha Crítica (29/09)

“O primeiro beijo, seja isso bem claro, não o dão os lábios mas os olhos .” (Don Juan Bernardi)

O conto “Primeiro Beijo” de Clarice Lispector retrata o amor na adolescência, com todos os típicos questionamentos e sensações dessa fase divisora entre infância e idade adulta.

O texto se apresenta predominantemente em terceira pessoa e mantém a principal característica dos textos de Clarice Lispector: uma incrível riqueza de detalhes ao descrever o subconsciente de seus personagens. Como pode se verificar nos seguintes trechos de outras obras, como no conto “O Búfalo” presente do no livro “Laços de Família”:

“Como se ela não tivesse suportado sentir o que sentira, desviou subitamente o rosto e olhou uma árvore. Seu coração não bateu no peito, o coração batia oco entre o estômago e os intestinos.”

No ínicio do conto nos deparamos com uma discussão entre dois adolescentes apaixonados, que serve como gancho para o desenvolvimento da história, que se dá nas lembranças do personagem.

A realidade irrefutável do texto é o amor que o personagem tem por sua namorada. E a dúvida na história é o significado que o garoto atribui á forma como matou a sede naquela tarde de verão no caminho da excursão num chafariz que havia uma estátua em forma de mulher, dando tamanha profundidade ao momento vivido, como se tivesse tocado, como se tivesse sentido os lábios daquela mulher nos seus. E como num beijo, sentiu o líquido revitalizante da suposta saliva da mulher e sentiu tamanha tensão que pela primeira vez, sentiu que havia se tornado homem. Essa emoção incontrolável pode ter sido causada além do toque da estátua nos seus lábios,como pela própria forma que se apresentava: uma forma feminina completamente nua. O que como o garoto sendo um personagem na puberdade, não pode evitar de se sentir maravilhado pelas curvas da mulher de pedra.

Conforme o filósofo francês Michael Foucault afirma “Aquilo qualificado de verdadeiro não habita num já-aí; antes, é produzido como acontecimento num espaço e num tempo específicos. No espaço, na medida em que não pode ser válido em qualquer lugar; no tempo, porque algo é verdadeiro num tempo propício”, não há como comprovar ou negar o acontecimento desse beijo, já que a intenção de Clarice nesse texto é mostrar o sentimento, a sensação do personagem a essa situação totalmente nova. E se formos por essa linha de pensamento, também existe uma relação com o discurso de Sartre, que diz que “a imaginação dos leitores que faz com que a obra tome vida”. É justamente o que ocorre nesse texto.

A riqueza de descrição psicológica, que é característica da literatura de Clarice Lispector, o ar doce que o texto tem, a universalidade e a atemporalidade do texto que ao tratar da inocência da puberdade, traz a tona sentimentos que nós vivemos algum dia, fazem desse conto uma grande obra literária. E retomando a citação de Don Juan, o primeiro beijo é dado realmente com os olhos, com o coração, portanto é algo a parte do tempo cronológico, trata-se de algo emocional.

 

 

Referências Bibliográficas:

LISPECTOR, Clarice “Felicidade Clandestina” Editora Rocco, Rio de Janeiro, 1998.

LISPECTOR, Clarice “Laços de Família” Editora Rocco, Rio de Janeiro, 2000.

 

As novas cores do “rock”

Depois de assistir a premiação da MTV deste ano, o VMB (Video Music Brasil) fiquei tentando traçar o perfil do adolescente atual, responssável por “eleger” os ganhadores dessa premiação.  O que mais me surpreendeu foram os 5 prêmios da noite para um único artista, o que não é muito comum, ainda mais se o artista em questão levou a categoria Revelação do Ano, o que mostra que se tratava de uma novidade na música brasileira.

É claro que me refiro ao Restart (acho fotos dispensáveis), uma das bandas que mais faturou neste ano.. lançando além de tendências duvidosas de moda, um merch repleto de camisetas, alcançou incríveis marcas de vendas de disco em plena era do download e agora vão virar até… pasmem, chicletes!

Chicletes Buzzy Restart com figurinhas colecionáveis

Pois é, que a música está totalmente ligada com a publicidade, como já aconteceu várias vezes com diversos segmentos de artistas desde Eliana até Spice Girls, com sua linha de pirulitos Chupa Chups, não é novidade para ninguém! O fato é que quando se trata de rock and roll, que é como a banda se rotula.. onde se pode ver até no twitter @rockrestart, a coisa muda de figura. Alguém aqui já comprou bolachas “Nirvana”  estojo de maquiagem “Joan Jett”?  Acho que não!

Não sei ao certo se posso afrmar que estamos vivendo uma revolução do rock ( e espero realmente que não) ou se nossa concepção de rock está totalmente errada, não vou entrar nesse mérito, só não consegui ficar alheia á questão ao conversar com as amigas da minha irmã e até com a própria, todas adolescentes de 15 anos e ver como as coisas mudaram. A música é somente uma forma de entretenimento, predominam as letras românticas escritas com muita doçura por meninos apaixonados e as cores.. muitas cores nas roupas, nos cabelos, em todo lugar.

O rock ganhou cor e perdeu conteúdo e principamente perdeu sua moivação básica: a rebeldia, a vontade de mudar.. perdeu letras politizadas. Na mídia atualmente só sobrevivem os artistas que vendem, que tocam naturalmente o que o público quer ouvir e nesse cenário, bandas que são independentes a anos, nunca ganham espaço no mainstream. O que vende mais: Cinco meninos bonitinhos cantando letras de amor com suas guitarras baixas ou cinco skatistas largados cantando letras baseadas em críticas políticas?

Lembro de quando eu tinha 15 anos, não tive oportunidade de pegar a época dos meus ídolos mas me lembro em vários shows de bandas novas em lugares pequenos, em que a atração principal era realmente a música e mais nada. Sem estética nenhuma, nem riqueza de equipamentos.. só atitude! O que pra mim traduz a essência do rock and roll.

Sex Pistols

Mas não posso ser injusta e dizer que nada de bom sobrou, inclusive no mainstream, existem artistas que conseguem conciliar essa estética de “música mais limpa” e ainda sim, boa, ficam de exemplos: Pitty, Fresno (uma das melhores bandas desse segmento jovem, com na minha opinião, o melhor instrumental) , Forfun.. e muitas outras. É só questão de procurar, e não ficarmos limitados ao que está na nossa frente todos os dias.

Arrisco dizer que rock como na época de nossos pais nunca mais vai existir mas prefiro que o tempo fale por mim.

Matéria – Lançamento – Jurandir Santos

Matéria realizada no lançamento do dia 21/09 no lançamento de um livro na Livraria da Vila, numa tentativa de link frustrado, que virou uma mini-matéria haha

Livro de Educação Profissional é lançado em São Paulo (21/09)

Na última terça-feira (21), o professor mestre em Educação pelo Senac, Jurandir Santos, lançou a segunda edição de seu livro “Educação Profissional & Práticas de Avaliação” em coquetel na Livraria da Vila, no bairro dos Jardins, zona sul de São Paulo.

O livro propõe um estudo da evolução histórica do ensino universitário e técnico do país e mostra as transformações que o papel do profissional da educação sofreu ao longo dessa evolução. “Um dos pontos mais importantes do livro é mostrar o novo perfil do profissional de educação, que agora transita entre o estado de saber e não-saber, compartilha conhecimentos com seus alunos e serve como um ‘mediador’ da educação. Procuro também ir mais além do clichê de que a educação não é boa no Brasil, procuro um modo de mudar essa situação, e acho que uma das principais maneiras é investir na formação do educador profissional” explica o autor.

Estavam presentes no lançamento a família de Jurandir e outros profissionais do Senac. “Acho esse livro de extrema importância para educadores de formação profissional e também para todos que se interessem pelos rumos da educação no país” disse Ana Maria, que acompanha o trabalho de Jurandir a muitos anos.

O livro “Educação Prossional & Práticas de Avaliação” está disponível em todas as livrarias do Brasil e custa em média de 28 a 35 reais.Como parte da divulgação do livro serão realizadas palestras sobre o tema, a programação está disponível no site do autor : http://www.jurandirsantos.com.br

Circo Eleitoral

Como esperado, a política se confunde mais uma vez com publicidade. Caras famosas, discursos vazios de quem não tem noção do que é representar uma população mas sabe muito bem como se manter na mídia.

Pensamentos utópicos a parte, só espero sinceramente que o povo não tenha a ilusão de que essas celebridades que dizem ter vivido uma pobreza absurda saibam como transformar essa vivência em ações concretas.

Votar com consciência, mesmo com a situação em que vivemos, ter a tranquilidade de que estamos fazendo a nossa parte, escolhendo alguém em que acreditamos para nos representar.

Steve McCurry

Antes de tudo, me desculpo por estar totalmente ausente. Assuntos não me faltam, comecei uns três textos e não terminei nenhum, mas pretendo melhorar agora que tenho um pouco mais de tempo.

Conheci a obra de Steve McCurry durante um seminário na faculdade e me encantei de cara. Para quem não sabe, Steve é fotógrafo do National Geographic e começou sua carreira de fotjornalista cobrindo a invasão soviética ao Afeganistão, utilizou ferramentas de guerra e roupas típicas para se camuflar e conseguir as tais fotos. E continuou a fotografar conflitos internacionais como no Camboja, Índia, entre outros..Apesar de a exposição do fotógrafo no MIS já ter acabado, o site dá um gostinho da obra: http://www.stevemccurry.com

Steve Mc Curry

Um tal Nelson Mandela

Nunca entendia tamanha admiração por um presidente.. e pior, da África do Sul, um país que foi lembrado agora, depois de anos sendo ignorado.  Confesso que apesar de ter ouvido várias opiniões controversas, apoio a iniciativa da FIFA de realizar uma Copa do Mundo num país desse porte, que apesar da pobreza extrema, tem uma cultura e principalmente, uma história incrível.

A imagem acima é do filme Invictus que é uma biografia de Nelson Mandela desde sua saída da prisão e ascensão ao poder até o final do Mundial de hugby na África do Sul em 1995. O filme mostra os contrastes de uma sociedade dividida em dois mundos e a uma parte do homem/herói que foi Mandela.  Seus valores como perdão, solidariedade e sobretudo, coragem. Além de evidenciar o staff do presidente, e também do próprio time de hugby da minoria que representava o país no Mundial.

Fica a dica, enxergar além da Copa do Mundo, procurar conhecer esse país por muitas vezes “esquecido” e a íncrivel história da luta do seu povo por igualdade.

I thank whatever gods may be / For my unconquerable soul. / I am the master of my fate / I am the captain of my soul.”  Nelson Mandela

Gravidez na Adolescência – Matéria (11/06)

Gravidez na adolescência ainda preocupa

A gravidez precoce é uma das ocorrências mais preocupantes relacionadas à sexualidade da adolescência, com sérias conseqüências para a vida dos adolescentes envolvidos, de seus filhos que nascerão e de suas famílias.

De acordo com pesquisas do Ministério de Saúde, cerca de 20% das crianças que nascem são filhas de adolescentes, número que representa três vezes mais garotas com menos de 15 anos grávidas que na década de 70. Vários fatores contribuem para essa situação: a sexualidade precoce, falta de diálogo com os pais e sobretudo, mesmo na era informatizada, muitas meninas não tem conhecimento dos métodos contraceptivos e por muitas vezes, não tem acesso a eles. “Eu achava que o coito interrompido funcionava, então nem me preocupei com nada” diz Letícia Marques, de 16 anos, que engravidou do namorado na primeira relação sexual.

O comportamento sexual do adolescente também é um fator importante, atualmente são normais relações descompromissadas, chamadas de “ficar” em que os adolescentes se conhecem em baladas, se sentem atraídos e podem até ter uma relação sexual no mesmo dia sem compromisso nenhum. “Engravidei de um cara que conheci numa festa na casa de uma amiga, o clima rolou, ficamos e tive que procurá-lo depois para contar que estava grávida” diz Manuela Alves de 17 anos.

A grande maioria dessas adolescentes não tem condições financeiras nem emocionais para assumir a maternidade e, por causa da repressão familiar, muitas fogem de casa, quase todas abandonam os estudos e em alguns casos, cometem suicídio ou aborto. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, são praticados no Brasil 4 milhões de abortos anualmente, nos quais 20% das meninas morrem, sobretudo por infecções generalizadas já que esses procedimentos são realizados por médicos clandestinos.

A maternidade rompe a trajetória “natural” da vida das meninas, cuja maioria ainda está concluindo o ensino médio e são portanto, forçadas a adiar seus planos de vida e a assumir grandes responsabilidades. E enfrentam por muitas vezes dificuldades no mercado de trabalho.

A MTV Brasil exibe nas segundas-feiras, às 22:30, o “Grávida aos 16”,  um projeto que conta em seis episódios a trajetória de seis meninas que enfrentam as mudanças causadas pela gestação: conflitos familiares, relação com os namorados, escola e principalmente as mudanças no relacionamento com os amigos. Esse projeto nasceu da necessidade de aproximar os jovens dessa situação, servir de alerta e diminuir o preconceito contra essas adolescentes.